Resenha: Não é como nos Filmes

"É como se eu respirasse por você, como se eu existisse para estar ao seu lado." 
pag 379

Após viverem uma história de amor inesquecível na Universidade da Califórnia, Wes e Liz se separaram quando a vida de Wes virou de ponta-cabeça, levando-o a terminar o relacionamento. Dois anos depois, mais maduro, Wes retorna à universidade determinado a reconquistar Liz.

No entanto, Liz, agora focada em seus estudos, trabalho e estágio, não está pronta para perdoar quem partiu seu coração. O reencontro, porém, abala suas certezas, especialmente enquanto ela acompanha a equipe de beisebol para um documentário.

Com um novo namorado na vida de Liz, Wes precisa provar que ainda há espaço para reescrever a história deles. Mas será que o “felizes para sempre” pode acontecer fora dos filmes?

Na sequência de Melhor do que nos Filmes, somos apresentados a um novo caminho para os protagonistas Liz e Wes. Separados, Liz se esforça para esquece lo, enquanto ele só pensa em reconquistá-la. A autora trouxe uma abordagem mais madura aos personagens, mostrando que é possível ter sonhos e objetivos diferentes e, ainda assim, permanecerem juntos. Além disso, o livro reforça a ideia de que segundas chances podem acontecer.

Com a mesma essência, mas com muita maturidade, Wes continua sendo o melhor personagem dos dois livros. Ele é carismático e romântico, fazendo o leitor sentir as emoções descritas nas páginas. Neste livro, Wes é 100% ele mesmo: romântico, determinado, maduro e cheio de esperança. Não esperava um crescimento tão grande de um personagem que já era incrível, mas a autora conseguiu superá-lo. Wes é, sem dúvida, meu personagem favorito de todos os livros que já li.

Por outro lado, achei Liz irritante. Boa parte do livro foi um esforço para não odiá-la, embora, em muitos momentos, eu não tenha conseguido evitar. Entendo que há um contexto que justifica seus sentimentos, mas ela parecia incapaz – ou relutante – de enxergar algumas coisas. Enquanto todos ao redor imploravam para que ela visse a verdade, Liz insistia em fazer o papel de vítima.

Os novos personagens foram bem inseridos. Clark ganha destaque no livro, enquanto AJ e Wade são os responsáveis pelo alívio cômico. A inclusão dos amigos antigos também foi ótima. Foi emocionante ver Michael se desdobrar para ajudar Wes em um dos piores momentos de sua vida, mostrando que eles ainda tinham uma forte conexão.

No entanto, algumas partes não se conectaram tão bem com o primeiro livro.
A relação conturbada entre Wes e seu pai, por exemplo, me lembrou Nathan e Dan de One Tree Hill, mas não me recordo de nada semelhante no primeiro livro, mesmo após tê-lo lido três vezes. Também achei a inclusão de Sarah interessante, embora ela tenha sido pouco mencionada anteriormente.

O desenvolvimento do livro foi um pouco lento na minha opinião. Gostaria de ter visto mais do casal junto além de dois capítulos e um epílogo. Ainda assim, a escrita de Lynn Painter é impecável. Eu facilmente leria mais 500 páginas, porque ela consegue incorporar a cultura pop de forma natural e envolvente, mencionando filmes e músicas que tornam a experiência de leitura ainda mais perfeita.

Mesmo sendo curto, o final cumpriu as expectativas. Foi emocionante, impactante e mostrou Liz percebendo que não se pode perder um amor tão intenso. Fiquei acordada até terminar o livro e chorei muito com o desfecho, foi apaixonante.

Recomendo esse livro para todos. Ele tem todos os elementos de uma comédia romântica dos anos 2000, e a narrativa é tão envolvente que parece possível assistir às cenas enquanto lemos. É sensacional! Lynn Painter nunca erra, meus amigos. Além de tudo, ela ainda nos presenteia com uma playlist que faz toda a diferença ao acompanhar a leitura.
No final, só posso dizer que mal posso esperar para reler este livro, ja posso no próximo mês?

Livro: Não é como nos Filmes

Autora: Lynn Painter

Gênero: Romance

Páginas: 416

Nota: 5☆