Eu assisti : Heartstopper – 3° temporada (resenha)

Heartstopper é uma série que acompanha a história de Charlie Spring, um adolescente tímido, e Nick Nelson, um jogador de rúgbi popular. Os dois se conhecem na escola e desenvolvem uma amizade que, aos poucos, começa a se transformar em algo mais.

A terceira temporada, lançada em 3 de outubro de 2024, representa uma evolução na trama, abordando temas mais profundos e complexos em comparação com as temporadas anteriores. Enquanto as primeiras temporadas focaram no desenvolvimento do relacionamento entre Charlie e Nick, a nova fase expande os desafios dos personagens, incluindo questões como saúde mental e amadurecimento. Um dos principais temas é o impacto do bullying sofrido por Charlie e como isso afeta sua saúde mental, levando-o a lutar contra um distúrbio alimentar. Ao mesmo tempo, Nick tenta apoiar Charlie, enquanto lida com dilemas sobre seus próprios sentimentos e o futuro.

Heartstopper para mim é uma demonstração de como o amor é algo bonito e precioso. Mesmo tratando de assuntos mais pesados, a série aborda tudo de uma forma sensível e realista, o que a torna tocante e não triste. O desenvolvimento dos personagens secundários também é incrível, especialmente no relacionamento entre Elle e Tao, Tara e Darcy, além do crescimento pessoal de Tori.

A série também traz um importante desenvolvimento familiar, com a família de Charlie se tornando mais presente, e sua mãe passando por uma transformação, mostrando que a proteção que ela oferecia a Charlie também precisa ser mais leve e cuidadosa.

Embora as temporadas anteriores tenham sido muito fiéis aos livros, a terceira temporada deixa de lado alguns detalhes importantes, o que me deixou um pouco frustrada. Um exemplo disso é o personagem Michael. Quando ele finalmente aparece ao lado de Tori, fiquei feliz, mas a forma como sua história foi tratada me incomodou. No livro, Michael é um personagem vibrante, criativo e excêntrico, enquanto na série ele é retratado de forma mais superficial, me pareceu que ele tinha umq dificuldades de comunicação, o que não condiz com sua personalidade no original. Ainda assim, entendo que, em uma produção de grande porte, alguns pontos precisam ser ajustados para que a história funcione.

A identidade visual de Heartstopper é outro ponto forte. Desde a primeira temporada, a série usa cores suaves, tons pastéis e uma estética delicada, que passa uma sensação de leveza . Os cenários e figurinos são escolhidos com cuidado para reforçar a intimidade e a emoção da história, criando uma experiência visual que realmente envolve o espectador.

Eu recomendo Heartstopper de olhos fechados. A série lida com assuntos muito importantes como rede de apoio, amizade, família, saúde mental e amor de uma forma que transmite muito carinho para quem está acompanhando desde a primeira temporada. Mesmo com algumas mudanças da adaptação para os livros, a produção é incrível, com atores maravilhosos e aquele toque que só a Alice Oseman poderia proporcionar!