Resenha: Divinos Rivais

“É preciso coragem para baixar a armadura, para aceitar que as pessoas vejam você como você é.”

Os deuses estão em guerra novamente, mas Iris Winnow, uma jovem jornalista de dezoito anos, está focada em manter sua família segura. Sua mãe enfrenta um vício, e seu irmão está desaparecido na guerra. Para ajudar, Iris busca uma vaga de colunista na Gazeta de Oath. Escrevendo cartas para seu irmão, Iris descobre que elas chegam a Roman Kitt, seu rival na redação. Ele começa a responder anonimamente, criando uma conexão que levará Iris à linha de frente, em busca de seu irmão, da salvação da humanidade e do amor.

É uma fantasia com muitos elementos e um tema muito bem desenvolvido, que é ao mesmo tempo um complemento e uma parte essencial da história principal. É totalmente original e cheia de surpresas que deixam o leitor de boca aberta várias vezes. A escrita é tão envolvente que os capítulos passam sem a gente perceber, e quando você fecha o livro, já leu mais de 200 páginas sem notar. Os deuses são bem descritos e têm uma história muito emocionante, o que faz com que você queira saber tanto sobre o casal principal quanto sobre os contos que foram esquecidos pela sociedade.

Falando sobre os personagens principais de forma resumida: Forest me deixa com muitas dúvidas. Ele é crucial para muitos eventos, mas sua verdadeira essência não fica clara, já que ele aparece pouco no livro.

Roman entrou no meu top 5 de personagens favoritos. Suas características são muito consistentes, e seus objetivos e opiniões se mantêm do começo ao fim. Seu lado romântico alivia o peso da trama.
Iris é uma típica personagem de fantasia, cheia de garra e coragem para enfrentar o mundo. Ela se entrega aos outros sem pensar nas consequências.

Attie e Marisol são pilares para o casal principal, trazendo força, vontade de seguir em frente e um sentimento de lar verdadeiro. Além disso, Attie traz todo o alívio cômico da história.

O livro é uma fantasia única, ideal para quem busca algo mais leve em termos de cenário. Não há muitos detalhes complicados como em outras fantasias, com vários mundos, poderes e nomes. Isso torna a leitura mais fácil e fluida, focando no que é realmente importante para a história.

O romance é um destaque: diferente, muito emocionante e cheio de cenas que tocam o coração, sem nada explícito.

Como é uma duologia, algumas questões não são resolvidas neste volume, mas isso deixa o leitor ansioso para continuar com o próximo livro, assim como eu fiz, para descobrir os mistérios e teorias pendentes.

No geral, o livro superou minhas expectativas. É sensível e forte ao mesmo tempo, trazendo muitos ensinamentos sobre vida e sociedade. Você acaba se apegando aos personagens, o que faz com que não desista da leitura, mesmo nos momentos mais difíceis.