Resenha: O Caso da Borboleta Atíria

A série Vaga-Lume é uma preciosidade brasileira e eu tenho como provar.

A singela e delicada borboleta Atíria se envolve em uma arriscada aventura para desvendar o mistério por trás dos crimes que tiraram a vida de Helicônia e Vanessa Atalanta. Ao ajudar Papílio, a corajosa borboleta enfrenta grandes perigos, como o encontro com Esqueleto-Vivo na Gruta dos Horrores, para descobrir o paradeiro do assassino que assombra a rotina dos insetos na floresta.

Esse ano, eu quis muito ler um livro que marcou a minha infância, que é “O Caso da Borboleta Atíria”. Boa parte da leitora que me tornei foi por causa dele.

É encantador como a história é abordada, um mistério no reino animal. Eu nunca li nada parecido e acho tão legal essa abordagem porque ela acaba se tornando uma leitura acessível. É legal uma criança ler pelo mundo mágico ali presente, e os adultos também, porque os leva de volta a elementos da infância. Ele incentiva a curiosidade; a cada novo inseto, eu corria procurar uma imagem para ver a aparência e descobrir mais.

Os capítulos são curtinhos, o que me motivou a ler mais rápido. A escrita não chega a ser clássica, mas é mais formal. Por ser um livro bem antigo, não tem a melhor diagramação. A única parte que eu realmente desgostei foi que a personagem principal não tem todo o prestígio que merecia. Ela acaba tendo pouco destaque dentro da sua própria história, que tem mais aventuras de outros personagens do que da própria Atíria.

Apesar de ser um mistério vestido de romance, o livro é muito divertido. Além disso, a história nos ensina muito sobre esse mundo de uma forma lúdica, como se agora, nesse momento, uma aventura estivesse acontecendo ali no seu jardim, no mundo dos insetos.